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sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Dicas de filme em cartaz
Assisti ao excelente filme Hannnah Arendt recentemente e essa película me convoucou a refletir como é difícil "pensar".
Já percebeu que os momentos que mais precisamos refletir, muitas vezes, por não suportarmos o comparecimento do real, nossas defesas neuróticas e etc, entram em ação?
Pensar é um ato consciente, no qual, eu me responsabilizo pelas minhas escolhas e atos.
É justamente o contrário que presenciamos no filme de Hannah Arendt, o criminoso de guerra em nenhum momento de seu julgamento se responsabiliza pelos seus atos criminosos, não se identifica com eles, pois é outro, o governo, que mandou, ele, só "executou ordens". O que causa surpresa à Hannah é perceber como qualquer ser humano, "aparentemente normal", possa se tornar um criminoso brutal.
Nem sempre o criminoso tem cara e jeito que o caracterize.
Essa filósofa não foi compreendida na época, e inclusive foi acusada de defender os nazistas. Como pensadora, seu maior ofício, é refletir e não julgar, isso cabe aos tribunais, para Hannah, o que está por detrás da essência humana é sua propensão para o mal, isso sim que a instiga e a mobiliza se tornando objeto de seu interesse. Optar pelo maniqueísmo é uma saída relativamente simplista, aprofundar além das alternativas: o bem e o mal é que reprenta o grande desafio. Nunca conhecemos alguém verdadeiramente, portanto podemos nos surpeender com colegas de trabalho, companheiros, vizinhos e até com os nossos filhos.
As reflexões e trabalhos de Hannah são estudadas e contuniam mais atuais d que nunca, a banalidade do mal continua e sempre continuará, basta citar o que aconteceu essa semana na Síria. Guerras, criminosos e vítimas, continuam a movimentar os desejos preversos de alguns e fazendo de outros meros fantoches, afim de atuar sues gozos mortíderos, como o criminoso de guerra que surpreendeu Hannah, ele não era uma vítima do Governo Nazista, era uma vítima de si mesmo, de sua ignorância, incapacidade de questionar e refletir sobre a demanda do outro ou do Outro.
Finalizo com uma citação da carta que Freud enviou para Einstein como resposta a sua pergunta: Por que a Guerra? (1933):
" De forma que, quando os seres humanos são inclinados à guerra, podem ter toda uma gama de motivos para se deixarem levar- uns nobres, outros vis, alguns francamente declarados, outros jamais mencionados. Não há por enumerá- los todos. Entre eles está certamente o desejo de agressão e destruição."
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