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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Café Society de Woody Allen. Amores que vem e vão… Será que vão mesmo?

Na semana em que Fátima Bernardes e Willian Bonner, declaram em suas redes sociais que estariam se separando, a frase que mais ouvi foi: “Não acredito mais no amor"... Vi muita gente inconformada com a separação do “modelo” de casal idealizado, pela maioria dos brasileiros. Essa reação massiva que acompanhei via mídia, redes sociais e etc. me fizeram pensar e refletir sobre as relações, o amor, a idealização e as separações. Por acaso ou não, pois eu não sabia o tema do novo filme de Woody Allen, fui assistí-lo, cujo título é Café Society. Tal foi minha surpresa, quando me vi mobilizada novamente pelo tema do amor. Nesse novo filme, Woody Allen se supera, só alguém com sensibilidade e experiência de vida, poderia escrever e dirigir tão bem essa película. O tema central do filme são os amores desencontrados e que acontecem de forma inusitada e inesperada. Se já não bastasse a contingência do amor, imaginem, quando ele envolve escolhas difíceis. O amor é assim, nunca sabemos quando ele vem, mas de uma coisa temos certeza, toda vez que ele chega, causa uma epifania em nossas vidas. Voltando ao filme, nele, vemos pessoas reias e talvez isso seja um dos pontos altos do roteiro, ou seja, pessoas que amam, têm conflitos, escolhem e nem tudo acaba com: “e foram felizes para sempre”, porque na vida real, nem sempre oa amores dão certo, ou dão e acabam, como no caso do casal Fátima e Willian. O amor real, envolve escolhas e por vezes, nos leva a pensar, como seríamos se tivéssemos escolhido determinado amor? Durante um tempo, eu achava que, amores que permaneciam em nossas lembranças, eram os “mal resolvidos”, hoje no entanto, minha visão mudou, penso que os amores resistem ao tempo em nossas mentes, porque os restos deles, de alguma forma, não puderam ser elaborados,sendo assim, não conseguimos ainda encontrar os recursos internos para simbolizar o término, ou quem sabe, ainda idealizamos alguma possibilidade e por fim, talvez não tivemos tempo ou oportunidade de vivê-lo integralmente no real, por diversos motivos internos ou externos que o impossibilitaram. No filme, Woody traz a possibilidade de se amar duas pessoas e mesmo assim poder continuar vivendo sua realidade sem pesar, consciente de suas escolhas e sabendo que este amor pode o acompanhar para sempre, mesmo não sendo presente fisicamente, mas, possibilitando um mergulho eventual em nós mesmos para nos lembrar que somos seres de várias facetas e talvez de vários amores.